Emily Browning (Baby Doll) - Navio Fantasma (2002), Desventuras em Série (Violet)
Jena Malone (Rocket) - O Mensageiro (2009)
Vanessa Hudgens (Blondie) - High School Musical
Carla Gugino (Madame Gorski) - Sin City, Pequenos Espiões 3D e A Rápida Vingança
Oscar Isaac (Blue) - Che (2008) e Hobin Hood (Rei John da Inglaterra)
Scott Glenn (Wiseman) - Silêncio dos Inocentes (1991), Escritores da Liberdade (2007) e Secretariat (2010 - Christopher Chenery)
Jamie Chung (Amber) - Dragon Ball Evolution (2009) e Gente Grande (2010).
Abbie Cornish (Sweet Pea) - Elizabeth A Era do Ouro
Avaliação: 70
Direção: Zack Snyder
A personagem principal da trama é Baby Doll, uma garota de vinte e tantos anos que, em uma cena de tirar o fôlego, combinada com a música “Sweet Dreams” de Eurythmics perde sua mãe e presencia um terrível crime. A perda da mãe, que parecia ser aquela que impedia as ações violentas do padrasto da garota e, em sequencia, a raiva pela qual o último é acometido quando descobre que nada foi deixado para ele no testamento de sua esposa são os momentos de construção da protagonista.
Seu padrasto a leva para um certo tipo de hospício, onde na verdade Blue, o dono do local é um médico corrupto que aplicará uma lobotomia para Baby Doll esquecer-se de um crime que envolve seu padrasto. Neste momento o filme ainda está quente e interessante, mas começa a deixar-nos confusos, embora esse não seja o mau momento da fita.
Baby Doll, em um flashback muito diferente dos normais, cria um mundo alternativo em sua mente para as situações que ocorreriam até o dia da lobotomia. Ela está em um bordel, onde, na película, os tons são bem mais quentes que o da fria clínica inicial. Nesse universo sensual, a médica que vemos no fim da trama no universo hospitalar é a mulher que cuida das “dançarinas” e responsável pelos ensaios das danças. Controlada por Blue, ela tenta por diversas vezes proteger suas garotas, porém é constantemente ameaçada.
Note que contar a história facilita muito mostrar a responsabilidade que o roteiro possui em fazer relação aos personagens na realidade e no primeiro mundo criado por Baby Doll. Sim, existe ainda um terceiro mundo, onde a porta de entrada para ele é a dança que a garota usa para distrair os homens do mundo sexy, demonstrados como figuras brutais e nojentas, e adquirir cinco objetos - com a ajuda das outras garotas (Amber, Sweet Pea, Rocket e Blondie) – que ajudarão no plano para dar-lhes a liberdade. Esse terceiro mundo é onde se passa a ação, e anda em paralelo com as apresentações da protagonista.
As coreografias de ação são impecáveis nessas cenas e os efeitos especiais são dignos de uma obra prima, mas essa é a parte boa do filme, pois de certa forma, saber que aquilo é apenas a imaginação de Baby Doll pode tirar a graça para alguns espectadores. Muitos adorarão de toda forma, e se tiverem uma visão boa desses momentos irão achar o filme perfeito, mas o roteiro é falho e existem momentos confusíssimos.
O trabalho de Oscar Isaac é uma obra prima do mix entre o Pop e a ação, da música e da cinematografia, do real e do irreal, mas o filme para na apresentação e não tem vantagem sobre outros filmes quando o assunto é o enredo, muito menos na construção dos personagens, que são “descartáveis” e o fim do filme nos mostra isso, infelizmente.
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