#42 Opinião - Ex-Machina (2015)



Isolação. É assim que começa tudo em Ex-Machina. Um jovem programador que passa em um teste secreto e é selecionado para um experimento, num lugar não muito diferente de onde ficava o Parque dos Dinossauros, mas a aventura é com a inteligência artificial dessa vez.




O protagonista deverá passar por um teste de Turing, parecendo haver uma conexão com o filme O Jogo da Imitação, evidente no decorrer do longa. As vias de fato do teste é que são um mistério.

O longa conta com um enredo bem construído e pouco manjado. Seus pontos mais fortes são quando a mensagem é passada silenciosamente, como com a intrigante e muda personagem Kyoko. A fotografia é esquisita quando vão para cenários exteriores, não tem a organicidade de uma paisagem natural (ainda que seja uma metáfora para a naturalização do virtual e a estranheza ao natural), embora nas cenas interiores os cenários sejam interessantes.

Das atuações, merece destaque a de Alicia Vikander, que baila entre o natural e o artificial com maestria. A curta duração do filme faz ela, dividindo o tempo com mais dois personagens centrais, parecer passar pouco tempo em foco, o que evidencia a qualidade de sua atuação.

Ainda assim, o filme do estreante Alex Garland, brinca conscientemente com os clichês, muito embora seja uma discussão já há muito abordada no cinema de ficção científica. Todavia possui um desfecho surpreendente que lembra mais a fantasia do que o sci-fi. Lembra um Her com o desfecho de As Aventuras de Pi, tomando referências recentes. Há algumas resoluções fracas de roteiro, mas se torna um filme surpreendente desse cineasta novato, conhecido apenas por roteirizar alguns filmes (como Dredd e Extermínio). Pode-se esperar muito desse nome.

Diretor: Alex Garland
Roteiro: Alex Garland
Estrelando: Alicia Vikander (O Sétimo Filho), Domnhnall Gleeson (Invencível, Harry Potter eARdM pt.2),Oscar Isaac (O Ano Mais Violento, Drive)

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