#17 Review: DmC Devil May Cry



DmC Devil May Cry (2013)


Desenvolvedora:
Ninja Theory
Publicadora: Capcom
Compositores: Combichrist e Noisia
Gêneros: Ação,Hack 'n' slash
Plataformas: Playstation 3, Xbox 360 e PC.










DmC Devil May Cry anunciado em 2010 na Tokyo Game Show, já chegou polemizando por conta da mudança drástica no protagonista que transformou-se de “Tio (Babaca) Dante” para “Dante Emo/Gay”, uma mudança corajosa feita pela Ninja Theory, desenvolvedora escolhida pela Capcom para fazer esse tal reboot na série. Por todo esse preconceito, DmC foi amaldiçoado pela maioria como jogo um horrível, impossível de dar certo. Ainda bem que eles erraram.

O jogo é um reboot, um reinício para a franquia um tanto quanto mal usada ultimamente (vide Devil May Cry 4), onde Dante ainda está em sua adolescência, sendo assim rebelde, estereotipo muito frequente em qualquer mídia hoje em dia. O interessante é que não limitaram sua personalidade apenas a “rebelde”, dando uma certa profundidade a mais, dando uma razão para sua rebeldia. A história se passa nos dias atuais, em Limbo City, cidade controlada por demônios, que manipulam os humanos através das mídias de comunicação e, por que não, refrigerante. Assim como na vida real, não é mesmo? Todos os demônios são liderados pelo “homem” mais rico do mundo, um demônio poderosíssimo chamado Mundus. Mas é claro que, como em todo governo, existem os rebeldes, neste caso são chamados de A Ordem, liderados por ninguém mais ninguém menos que Vergil, o irmão gêmeo esquecido por Dante.

Algo impressionante no jogo é o limbo, uma realidade alternativa do mundo real, a realidade dos demônios no mundo, a qual apenas Dante, Vergil, por serem Nephilim (metade demônio metade anjo) podem acessar efetivamente. Kat também pode por ser alquimista e ter criado um spray que possibilita a entrada e saída do limbo, porém apenas como uma “espectadora”, ou seja, não consegue influenciar fisicamente em nada no limbo. Além disso, o limbo serve como um elemento de jogabilidade, pois ao entrar nele, o mundo vai se modificando aos poucos (acredite, é algo incrível de se ver), e modificando também para dificultar a vida de Dante, estreitando um caminho até fechar, alongando um corredor, aumentando o espaço entre as plataformas entre outros movimentos que te maravilham e te matam ao mesmo tempo, dando uma dinâmica maior às partes de pulo entre o combate.

Falando em combate, o novo Devil May Cry fez mudanças nisso também. Podendo-se dizer que ele foi simplificado, mas que melhorou bastante pelo fato de existir uma variedade boa de armas e de combos possíveis de serem feitos intercalando pelas armas. Simples, sim, mas exige treinamento para ser bom. As armas são divididas em 3 categorias: neutras, demoníacas e angelicais. As neutras são a Rebellion e as armas de fogo Ebony & Ivory e outras, que a própria categoria já diz, são neutras. As demoníacas são a Arbiter e Ophion que são bem mais fortes, porém lentas. E finalmente, as angelicais são a Osiris e Aquila, muito rápidas, porém fracas. Para trocar entre os  tipos de armas foi feito algo muito bem pensado e funcional: segurando LT, L1 ou Q possibilita o uso das angelicais; LR, R1 ou E possibilita o uso das demoníacas; e o clique normal é a Rebellion. Outro aspecto de jogabilidade que influencia e muito no combate são os ganchos: o gancho angelical, que te leva ao inimigo e à plataformas; e o gancho demoníaco, que puxa o inimigo até você e puxa plataformas.

Algo que a Ninja Theory sabe fazer muito bem é o design de um jogo, desde sua animação a seu gráfico, que tem uma beleza própria deles, vista em Heavenly Sword e Enslaved, uns dos jogos exclusivos para console mais bonitos da geração, porém pecam na jogabilidade, o contrário de DmC, mas pecando, de certo modo, nas batalhas de chefe, entretanto o visual deles são cada vez mais impressionantes. Além da beleza “física”, a trilha sonora feita pela Noisia e Combichrist, com músicas meio dubstep, meio rock e que encaixam muito bem no jogo, no meio da confusão de combos gigantescos e luzes alucinantes, e até mesmo fora do jogo.
Enfim, DmC é o reboot que Devil May Cry precisava para alojar-se à nova geração de jogadores, e o terror para os fãs adoradores do Tio Dante, sendo um sucesso relacionado às críticas e decepcionando nas vendas. Do pouco que joguei de Devil May Cry 3 e 4, DmC Devil May Cry com certeza é o melhor que já joguei.

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