Desenvolvedora: Ubisoft Reflections
Publicadora: Ubisoft
Roteiristas: Ian Mayor, James Worrall e David Midgley.
Gêneros: Corrida, mundo aberto
Plataformas: Playstation 3, Xbox 360, Wii, PC, Mac e OnLive.
Driver: San Francisco é minha primeira experiência com uma
das franquias mais famosas dos videogames, consequentemente, meu jogo favorito
da série, porém também, meu jogo favorito do gênero. O desenvolvimento do jogo
foi um tanto quanto conturbado, anunciado primariamente em 2005 na Tokyo Game
Show, numa lista de jogos para o Playstation 3. Mais tarde, a Ubisoft comprou os direitos de Driver da Atari. Em
junho de 2008, a BBC noticiou o jogo, relembrando de que ele ainda estava sendo
desenvolvido. Inicialmente, foi registrado com o nome Driver: The Recruit, em 2009. E
finalmente em 2010, foi nomeado como San Francisco. Depois de tanta enrolação,
foi lançado em setembro de 2011, reforçando o considerado “melhor ano para
jogos” da geração atual.
Vale dizer que é um reboot de Driv3r, ou seja, a história é
praticamente a mesma, porém mais bem trabalhada, dando uma experiência muito
mais agradável para aqueles que começaram agora em Driver, como eu. Numa
perseguição a Jericho, chefe de uma organização terrorista, John Tanner e Jones acabam num beco sem
saída, que, usando um caminhão, ele bate no carro de Tanner, direcionando-o a
um trailer, resultando num acidente gravíssimo, o deixando em estado de coma.
Portanto, as principais mecânicas do jogo são feitas em função desse evento
inicial, onde ele ganha habilidades especiais, podendo entrar no corpo de
qualquer pessoa que esteja dirigindo um carro na cidade de San Francisco, sem
mudar suas respectivas aparências.
Driver: San Francisco, assim como seus antecessores, é um
mundo aberto, e como um jogo de mundo aberto, existem as missões secundárias.
Inúmeras delas. Todas elas baseadas na mesma mecânica de controle de qualquer
motorista a apenas um botão, muito funcional, pois ele é a essência do jogo,
sendo inspirada pelo Google Earth, pelo fato de o jogador poder a qualquer
momento ver o mapa completo do jogo e seguir dando zoom, até encontrar um carro
que lhe satisfaça. Se não tivesse sido feita de forma dinâmica e simples,
provavelmente perderia a metade da diversão do jogo, sendo a outra metade
responsável por tal são as ótimas atuações dos personagens em geral, se bem que
a maior parte dos diálogos ocorre entre os dois policiais. Obviamente, ao
progredir no jogo, o jogador vai sendo apresentado a outras mecânicas, sendo
elas o nitro e o “ram”, uma espécie de manobra que joga seu carro contra um
inimigo, muito útil na hora de tirar alguém da corrida ou numa perseguição. As
sidequests são distribuídas no mapa e desbloqueadas através da progressão da
história, liberando mais partes do mapa para se explorar e com missões cada vez
mais complicadas e mais interessantes. Aliás, essa parte do jogo foi muito
inspirada no primeiro jogo de Assassin’s Creed, também da Ubi, pois, nele, para
Altair poder ter acesso ao seu alvo, deve fazer uma pesquisa prévia (um certo número de missõezinhas muito
repetitivas), porém um tanto quanto interessantes a primeira vista. No caso em
questão, é muito difícil o jogador sentir que está apenas repetindo as mesmas ações, porque existem várias missões secundárias que podem ser feitas a
qualquer momento, missões “médias”, que são as necessárias para o avanço da
missão principal, cabendo ao jogador fazer seu próprio equilíbrio.
O jogo, além de ser divertido por sua jogabilidade inusitada, o tempo todo brinca com o fato de Tanner ter “poderes”,
fazendo um paralelo a vida real em todos os diálogos dos dois, dentro do carro
(com atuação excelente de ambos, diga-se de passagem), por tratar aquilo como a
realidade, e como nós sabemos, não existem super poderes, tendo Jones a todo
tempo duvidando do que Tanner o diz poder fazer, e a forma de como ele prova isso... é genial. Aliás, existem muitas tiradas geniais no jogo, quando ele adentra no corpo de um motorista com um passageiro, por exemplo. Sério... realmente não esperava que um jogo de carro me proporcionaria tantas
risadas de alma e algumas até exteriores, como fiz jogando San Francisco. Jogue essa maravilha.
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