#18 Review: Driver San Francisco


Driver: San Francisco (2011)


Desenvolvedora: Ubisoft Reflections
Publicadora: Ubisoft
Roteiristas: Ian Mayor, James Worrall e David Midgley.
Gêneros: Corrida, mundo aberto
Plataformas: Playstation 3, Xbox 360, Wii, PC, Mac e OnLive.










Driver: San Francisco é minha primeira experiência com uma das franquias mais famosas dos videogames, consequentemente, meu jogo favorito da série, porém também, meu jogo favorito do gênero. O desenvolvimento do jogo foi um tanto quanto conturbado, anunciado primariamente em 2005 na Tokyo Game Show, numa lista de jogos para o Playstation 3. Mais tarde, a Ubisoft  comprou os direitos de Driver da Atari. Em junho de 2008, a BBC noticiou o jogo, relembrando de que ele ainda estava sendo desenvolvido. Inicialmente, foi registrado com o nome Driver: The Recruit, em 2009. E finalmente em 2010, foi nomeado como San Francisco. Depois de tanta enrolação, foi lançado em setembro de 2011, reforçando o considerado “melhor ano para jogos” da geração atual.
Vale dizer que é um reboot de Driv3r, ou seja, a história é praticamente a mesma, porém mais bem trabalhada, dando uma experiência muito mais agradável para aqueles que começaram agora em Driver, como eu. Numa perseguição a Jericho, chefe de uma organização terrorista,  John Tanner e Jones acabam num beco sem saída, que, usando um caminhão, ele bate no carro de Tanner, direcionando-o a um trailer, resultando num acidente gravíssimo, o deixando em estado de coma. Portanto, as principais mecânicas do jogo são feitas em função desse evento inicial, onde ele ganha habilidades especiais, podendo entrar no corpo de qualquer pessoa que esteja dirigindo um carro na cidade de San Francisco, sem mudar suas respectivas aparências.

Driver: San Francisco, assim como seus antecessores, é um mundo aberto, e como um jogo de mundo aberto, existem as missões secundárias. Inúmeras delas. Todas elas baseadas na mesma mecânica de controle de qualquer motorista a apenas um botão, muito funcional, pois ele é a essência do jogo, sendo inspirada pelo Google Earth, pelo fato de o jogador poder a qualquer momento ver o mapa completo do jogo e seguir dando zoom, até encontrar um carro que lhe satisfaça. Se não tivesse sido feita de forma dinâmica e simples, provavelmente perderia a metade da diversão do jogo, sendo a outra metade responsável por tal são as  ótimas atuações dos personagens em geral, se bem que a maior parte dos diálogos ocorre entre os dois policiais. Obviamente, ao progredir no jogo, o jogador vai sendo apresentado a outras mecânicas, sendo elas o nitro e o “ram”, uma espécie de manobra que joga seu carro contra um inimigo, muito útil na hora de tirar alguém da corrida ou numa perseguição. As sidequests são distribuídas no mapa e desbloqueadas através da progressão da história, liberando mais partes do mapa para se explorar e com missões cada vez mais complicadas e mais interessantes. Aliás, essa parte do jogo foi muito inspirada no primeiro jogo de Assassin’s Creed, também da Ubi, pois, nele, para Altair poder ter acesso ao seu alvo, deve fazer uma pesquisa prévia (um certo número de missõezinhas muito repetitivas), porém um tanto quanto interessantes a primeira vista. No caso em questão, é muito difícil o jogador sentir que está apenas repetindo as mesmas ações, porque existem várias missões secundárias que podem ser feitas a qualquer momento, missões “médias”, que são as necessárias para o avanço da missão principal, cabendo ao jogador fazer seu próprio equilíbrio.



O jogo, além de ser divertido por sua jogabilidade inusitada, o tempo todo brinca com o fato de Tanner ter “poderes”, fazendo um paralelo a vida real em todos os diálogos dos dois, dentro do carro (com atuação excelente de ambos, diga-se de passagem), por tratar aquilo como a realidade, e como nós sabemos, não existem super poderes, tendo Jones a todo tempo duvidando do que Tanner o diz poder fazer, e a forma de como ele prova isso... é genial. Aliás, existem muitas tiradas geniais no jogo, quando ele adentra no corpo de um motorista com um passageiro, por exemplo. Sério... realmente não esperava que um jogo de carro me proporcionaria tantas risadas de alma e algumas até exteriores, como fiz jogando San Francisco. Jogue essa maravilha.


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