#13 Review: The Darkness II


The Darkness II (2012)
Desenvolvedora: Digital Extremes
Distribuidora: 2K Games
Gênero: FPS, com leves elementos de RPG.
Produtor: Sheldon Carter
Designer: Tom Galt
Roteirista: Paul Jenkins




                        Nota: 86
     Metacritic: 77 (PC) - 79 (PS3) - 80 (X360)





The Darkness II é a continuação de The Darkness (2007), baseado na série de HQ criada por David Wohl, Marc Silvestri e Garth Ennis, lançado dia 7 de fevereiro de 2012, para PlayStation 3, Xbox 360, PC e Mac.


The Darkness II foi uma das melhores experiências com jogos que já tive, não apenas pelo jogo em si, sua jogabilidade diferente das propostas atuais, mas, principalmente, por seu visual "quadrinesco", o famoso cel-shading, utilizado com maestria, por seus personagens incrivelmente carismáticos e por sua história cativante, que envolve seres ficcionais da série, como o próprio Darkness, numa temática de mafia italiana para nenhum Corleone colocar defeito.

O protagonista, Jackie Estacado, é o chefe da família mafiosa Franchetti e possui algo que o diferencia das outras pessoas: o Darkness, herdado de seu pai, Carlo Estacado, que lhe proporciona poderes supernaturais, as duas "cobras" que saem de dentro dele, agindo como dois novos braços muito poderosos, mas muito persuasivos, pois o Darkness, antes de ser uma arma, é uma entidade. Mas todo esse poder lhe custou caro, pois evitou-o de ter salvo sua amada namorada, Jenny Romano. Jackie consegue manter o Darkness dentro de si, para que não cause mais estragos, com a ajuda de Johnny Powell, "pesquisador" do mundo supernatural de The Darkness, mas que acaba ficando insano e se afasta de Jackie, evitando manter contato com o Darkness.Tudo estava bem, até que Jackie e sua gangue são atacados por rivais, num restaurante. Fazendo com que Jackie liberte novamente o Darkness, pois estando numa situação de vida ou morte, necessita dos seus poderes sombrios novamente.

The Darkness II tem uma jogabilidade diferenciada, mesmo sendo um FPS, gênero considerado por ter muitos jogos genéricos, por possuir o Darkness, que interfere crucialmente no jogo, pois se encontram na forma de duas cobras, servindo como braços extras, sendo o direito apenas para cortar verticalmente e horizontalmente os inimigos ou objetos interativos no cenário, como cabos e placas de madeira, e o esquerdo sendo o mais ativo e mais divertido, por ser ele que possui a capacidade de agarrar objetos, usando-os como escudo, cortar ao meio, devorar o coração dos inimigos mortos para recuperar vida, empalar violentamente a cabeça do inimigo na parede ou executar o coitado do inimigo de  formas diferentes, cada uma lhes fornecendo algo, como vida e bala, comprados através de Santuários de Talento espalhados pelo jogo. Além disso, há uma variedade enorme de armas disponíveis, nas quais armas mais leves, como pistolas, SMGs e até rifles como AK-47, podem ser usadas uma em cada mão, o chamado "dual-wielding", e armas mais pesadas como shotguns e metralhadoras, que necessitam do uso das duas mãos, podendo, no total, poder carregar 3 armas e ter "sempre" disponível as duas cobrinhas demoníacas do Darkness.

Outro elemento de jogabilidade e que se torna um personagem a parte, o Darkling, um demônio inglês que parece um macaco que tem como hobbie urinar em cadáveres, que serve como parceiro de combate de Jackie e alívio cômico para os momentos de tensão no meio do tiroteio. Porém, o elemento de jogabilidade mais importante, para mim, é a luz. Quando exposto a luz, o Darkness é removido do corpo de Jackie, deixando-o vulnerável, assim como Darkling, que "morre" instantaneamente na luz, causando no jogador um certo precavimento estratégico de verificar o ambiente, antes de invadi-lo e começar um novo tiroteio, investigando todos os pontos de luz, e destruindo qualquer objeto ou dispositivo que gere luz o suficiente para afetar o Darkness, dificultado por geradores, ligados a alguns tipos de luzes, impossíveis de serem destruídos sem antes ter quebrado o gerador que está conectado.

Outro fator de jogabilidade de The Darkness II, é o já citado, Santuário de Talentos, onde o jogador pode comprar habilidades novas ou melhoramentos para o Darkness ou para suas armas, através de cada morte, execução e relíquias descobertas, formas de ganhar Essências, usada como moeda de compra das habilidades.

Os personagens são um caso a parte. Entre duas missões, existem espaços onde Jackie pode conversar com os membros de sua máfia, em sua mansão ou no manicômio, que, na minha opinião, é onde o jogo me conquistou realmente, pois você pode passar horas interagindo com eles, com conversas curiosas e extremamente engraçadas. Johnny Powell e Dolfo são os que mais me chamaram a atenção, ambos são meio malucos, mas Johnny, em específico, demonstra isso fisicamente, sendo ele quem revela a Jackie tudo sobre as relíquias resgatadas durante o jogo, rendendo ao jogador boas risadas. Já Dolfo, tem um lado diferente, pois a melhor parte dele se encontra quando ele encarna Adolf Hitler, nas partes do manicômio. Existem outros personagens carismáticos, na verdade, a maioria é, como Chief, um cara gigante que apenas grunhe, ou como Tommy Sullivan, que sempre dá um jeito de tudo que fala terminar em comida.

The Darkness II, por isso e outras coisas, é um dos jogos que mais me surpreenderam esse ano, pelo simples fato de eu não ter expectativa alguma sobre ele, apenas que esperando que ele seria mais um FPS genérico numa temática diferente, baseada num quadrinho aí, porém acabou sendo uma das melhores experiências que tive num jogo.

Ah, e por favor, faça o final certo.

0 comentários: